sábado, 15 de setembro de 2007

Ira!

“Em virtude das dúvidas e incertezas suscitadas pelas seguidas declarações, documentadas na mídia impressa e eletrônica, na qual o cantor Marcos Valadão, também conhecido como ‘Nasi’, anuncia seu desligamento do grupo, nós; Ricardo Gaspa, contrabaixista, Andre Jung, baterista, e Edgard Scandurra, guitarrista, declaramos que:

Em respeito aos nossos milhares de fãs, aos nossos familiares, ao nosso agente, nossa gravadora, nossa equipe técnica e seus familiares, o IRA! vai continuar.

Cumpriremos todos os compromissos profissionais anteriormente assumidos, continuaremos a bem-sucedida turnê do álbum “Invísivel DJ”, obra que muito nos orgulha e que se encontra no início de sua divulgação.

A tristeza e a dor que esse momento provoca nos faz mais fortes e aguerridos.

Com quase 26 anos de estrada, sabemos que a garantia da continuidade do grupo sempre residiu na conduta democrática que, independentemente da circunstancial popularidade, ou do papel desempenhado, garantiu direitos, deveres e receitas iguais para todos os membros.

A vontade da maioria sempre prevaleceu sobre interesses individuais. Ficar ou sair é uma decisão de foro íntimo, mas é uma decisão absolutamente individual, a continuação do grupo é uma decisão coletiva.

Em diversos momentos na nossa história tivemos que nos apresentar em shows sem que um integrante estivesse, por um motivo ou outro, presente. Em nenhum dos shows citados, o público deixou de comparecer ou se entusiasmar com a força do repertório, ou a performance dos que se apresentaram então.

Essa é a certeza que temos de que nossa continuação será plena de energia criativa e que novas belas páginas serão escritas na obra do IRA!

Quanto aos problemas pessoais pelos quais está passando ‘Nasi’, estamos certos que, com a ajuda de seus familiares, ele os superará.

Repetindo a máxima do nosso metier; o show tem que continuar.

Paz, Amor e IRA!”



Com esse comunicado parece que o Caso Ira! tem um desfecho momentâneo: A banda continua sem nasi, pendengas judiciais irão rolar e os fãs não ficarão se a música dessa histórica banda no cenário de contrução do BRock.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Living Colour –RJ – Circo Voador 31/08/2007


Sexta-feira de recordações e boa música no Rio! Show do Living Colour, uma das grandes bandas do final dos anos 80 e início da década de 90, onde o som sempre falou mais do que a imagem. Pra quem não lembra, eles surgiram em 1988 com o álbum Vivid, com ajuda de Mick Jager abrindo show dos Rolling Stones. Ficaram juntos até 1994 quando se sepraram, retornando apenas em 2001. Antes de falar do show dos gringos, tivemos a abertura por parte da banda carioca Vulgue Tostoi. Banda esta, que consta com o guitarrista Jr. Tostoi e o baixista Victor Z. que também tocam com Lenine. O que esperar de uma banda que tem dois músicos que tocam com Lenine e ainda possui um bom vocalista? Música boa né? Não, pelo contrário, um show chatíssimo, muitas experimentações sonoras e músicas que não empolgam. Me pergunto, como uma banda com bons músicos conseguem fazer músicas tão ruins... Nem uma participação especial do Lenine salvou a apresentação do grupo.

Como todo castigo pra corno é pouco, logo após o Vulgue Tostoi descer do palco, sobe como uma apresentação especial, um grupo de percussão do projeto Nós do Morro, da comunidade do Vidigal. Fizeram o comum. Tocaram músicas que todo grupo meia-boca de percussão toca. Fizeram cover de Cordel do Fogo Encantado, Músicas de Capoeira, O Rappa.... mas o que derrubou não foi isso, mas a completa falta de preparo para subir no palco. O violão estava quase sem som, o microfone do vocalista totalmente abafado sem se poder compreender uma palavra, o berimbau sem microfone, só estando correto o som do microfone da boa vocalista que tentava ganhar o público com garra. Enfim, o público com certa dose de razão vaiou a apresentação do grupo, que espero que encare isto não com uma forma de desrespeito com o projeto social, mas como uma maneira de se preparar melhor para se apresentar para um público mais exigente.

Eis que pelas 1:10 da madruga entra no palco o Living Colour, com muita energia e simpatia com o público. Despacharam todos os sucessos do grupo como: Cult of Personality, Glamour Boys, Desesperate People, Type, etc... Em Elvis is Dead, a banda instiga a platéia com uma versão em português com uma ligeira mudança de melodia “Elvis Morreeeu..”. No show, salta logo aos ouvidos, a qualidade de todos os músicos da banda. Vernon Reid (guitarra), do alto dos seus 50 anos tem uma presença invejável a qualquer moleque de 20 anos. Isso, sem falar de sua técnica absurda (o que não o impediu de arrebentar duas vezes a corda de sua guitarra). O baixista Doug Wimbish, esbanja bom gosto e explora os efeitos de maneira precisa. Já o batera Will Calhoun faz solos sobre uma base eletrônica por vezes cansativa porém interessante. E por último, o vocalista Corey Glover é sensacional, brinca com as melodias e voz sem desafinar. É dos melhores que já presenciei ao vivo. São 4 virtuoses, cada um na sua praia. A banda dá dois bis por completa aclamação do público, demonstrando nas feições estar se divertindo demais no show. Finalizaram com covers de The Clash e Jimmie Hendrix mas com a pegada característica dos “negões”.
Enfim, showzaço de 3h, deixando todos os antigos e novos fãs repletos de arte musical. Vida longa às Cores Vivas!!!!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Ira!: Será o fim ou só um recomeço?

Após a falta em um show no interior de Minas, troca de acusações com Scandurra, parece que a saída de Nasi é certa e sem passagem de volta. A princípio o Ira! seguirá omo um trio com Scandurra segurando os vocais. Para os cariocas fica a esperança de um show marcado para 09/11, no Circo Voador para conferir a banda (já que poderá ser a última apresentação por estas terras).

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Ira! sem Nasi???

Mesmo correndo o risco de ser uma notícia um pouco ultrapassada, publicamos esse post sobre a suposta saída de Nasi do Ira!. Em nota do último dia 04/09, publicada no site de notícias G1 , era dada como certa a saída do vocalista da banda paulistana após o término do último cd da banda "Invisível DJ".
Tudo começou com um comunicado da Editora Escala onde Nasi teria dito que era irreversível a sua decisão.
No site da banda , um comunicado da Assessoria de Imprensa afirma que os compromissos da banda serão cumpridos, é que eles entrarão em férias por tempo indeterminado após essa data.
Cabe ressaltar que Edgard Scandurra já tem uma carreira solo até certo ponto consolidada, já fez turnês com outros parceiros e, certamente, a ânsia de se dedicar a um trabalho solo certamente não é o único mote para uma decisão dessas. Mas. cabe esperar a virada do ano para saber realmente o que irá acontecer.